Com o desastre climático que provocou grande quantidade de chuvas no Rio Grande do Sul, deixando cidades inteiras debaixo d’água, muitas famílias perderam tudo. Municípios ficaram submersos, gerando inúmeras perdas irreparáveis para todos.
Nesse cenário, o Aeroporto Internacional de Porto Alegre (Salgado Filho), que inicialmente estava previsto para permanecer fechado até o dia 10/05, deve permanecer sem atividades até pelo menos o próximo dia 30/05.
As companhias aéreas Gol, Latam e Azul cancelaram os voos que tinham como origem e destino em Porto Alegre, e informaram que os passageiros com bilhetes comprados terão regras especiais para remarcar, solicitar reembolso e cancelamento (confira mais detalhes adiante). Como cada companhia tem suas próprias normas, vale conferir com detalhes os procedimentos adotados por cada uma delas e qual a melhor maneira de seguir para não ter ainda mais prejuízos.
Chuvas no Rio Grande do Sul: malha aérea emergencial
A chamada malha aérea emergencial já está em operação, com objetivo de viabilizar o atendimento da população afetada pelas chuvas, além de possibilitar a chegada das doações vindas de todo o país e de itens de sobrevivência básica, bem como de equipamentos e maquinário necessários para a reconstrução.
Os voos para cidades próximas, como Passo Fundo, Santa Maria, Caxias do Sul, Uruguaiana, Santo Ângelo e Pelotas seguem operando, mas com atenção máxima às condições meteorológicas do estado, que ainda são consideradas instáveis.
Dos 12 aeroportos existentes no Rio Grande do Sul, seis terminais aeroportuários farão parte do plano, além da Base Aérea de Canoas. A população contará com cerca de 116 voos semanais, sendo aproximadamente 88 deles no Rio Grande do Sul e outros 28 em Santa Catarina.
Flexibilização nas regras de passagens aéreas
Além de todos os esforços locais para recuperação das cidades, e da malha aérea emergencial adotada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, também serão instituídas regras mais flexíveis para que passageiros possam solicitar cancelamento e reembolso de bilhetes aéreos, além de realizarem a remarcação sem custos.
De acordo com um documento encaminhado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), aqueles que precisarem poderão se beneficiar de algumas mudanças. Veja quais são as principais delas:
- Mudança no destino das passagens para outras cidades dentro do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, sem custo adicional para o passageiro;
- Remarcação dentro do prazo de 1 ano a partir da data do voo original, mantendo o local de origem e destino, também sem custos adicionais para o passageiro;
- Reembolso ou crédito na empresa aérea (inclusive em dinheiro), sem cobrança da taxa de cancelamento, para todos aqueles que não aceitarem a modificação do destino;
- Flexibilização de assistência material, incluindo hospedagem e transporte rodoviário, caso necessário;
- Eficiência no atendimento ao passageiro, especialmente pelo telefone, devido à falta de energia e de acesso à internet em muitas áreas do Rio Grande do Sul;
- Fornecimento ou custeio do transporte rodoviário até o aeroporto indicado pela companhia aérea para que os passageiros possam decolar até o destino contratado;
- Possibilidade de endosso para outras companhias aéreas em locais que estejam aptos para pouso e decolagem.
Chuvas no Rio Grande do Sul: melhora na malha rodoviária, mas ainda há bloqueios
Com a impossibilidade de chegar e sair de Porto Alegre de avião, umas das únicas alternativas para a população passou a ser o deslocamento de ônibus ou de carro. Ainda que as estradas tenham tido uma pequena melhora nos últimos dias, muitas ainda seguem com bloqueios em vários pontos.
Na capital gaúcha foi montado um terminal para receber ônibus de viagem que realizam trajetos estaduais. Para outros estados é preciso pagar um valor adicional e se deslocar até Osório, uma cidade vizinha, de onde o passageiro poderá seguir viagem para outros destinos. Além do custo, há também um considerável aumento na quantidade de horas de viagem.
Como a situação ainda é considerada instável, mudanças podem ocorrer a qualquer momento. Por isso, o aconselhável é verificar as informações nos canais oficiais de comunicação de cada cidade, bem como das companhias aéreas e rodoviárias, para se deslocar com o máximo de segurança possível.
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